20.10.10

Grenoble, França

Aqui em Évora tudo segue muito bem. Estou com o pressentimento que este blog deverá ficar um tanto desinteressante, agora que deixei a vida nômade e me tornei moradora dessa pequena e tranquila cidade.. Vamos ver. Vou tentar ser criativa e seguir escrevendo algo que pode ser  novidade para o meu pequeno grupo de leitores.

Hoje queria compartilhar um pouco minha viagem à Grenoble, junto com o Lucas. Grenoble é uma pequena cidade ao pé dos Alpes franceses (nem tão pequena, se comparada com Évora, Grenoble tem 150 mil habitantes). É uma cidade bonita, universitária e um tanto fria, mesmo na época em que fomos (setembro). Desavisadamente, eu levei apenas um casaco fino, e o resultado foi que passei frio quase todos os dias na cidade.

Rio Isére em Grenoble

O objetivo principal de ir a Grenoble foi ver o show do Leonard Cohen, meu maior ídolo atualmente na música (quem não conhece, procure no google!). O show foi absolutamente maravilhoso, todos os músicos incríveis e o Leonard Cohen, em plena forma aos 76 anos, fez um show de 3 horas de duração. Apesar de a música ser primorosa, o grande forte dele são as letras, de forma que é tido como um dos maiores poetas da história da música. Por isso achei genial que o telão do show tivesse legendas em francês, permitindo ao público apreciar da forma mais completa possível o espetáculo.

Leonard Cohen no show em Grenoble

Outro lado muito especial da nossa viagem foi encontrar os amigos do Lucas que moram em Grenoble, Cristopher e Edgar, dois físicos, ex-colegas dele de faculdade, que estão estudando na cidade. Eles puderam nos levar para conhecer outros lados de Grenoble (como as festas!), inclusive com direito a almoço francês em um domingo chuvoso na casa da senhora que hospeda o Cristopher... Comemos uns 5 tipos de queijo na sobremesa, mais francês que isso impossível!

Edgar, Lucas e Cristopher e as indefectíveis bicicletas de Grenoble

 Atravessando o rio

Nós em um bistro - eu com o moletom do Cristopher pra enfrentar o frio!

Em Grenoble tem um teleférico que sobe até a Bastilha, um forte que fica no alto de um morro. Foi uma importante edificação militar para sustentar a defesa dos Alpes em inúmeros momentos históricos. Agora, oferece alguns museus (aos quais não fomos) e, principalmente, uma bela vista da cidade.

 Nós subindo o morro no bondinho

Vista de Grenoble
Esse é o bondinho passando por cima do rio


Lucas e seu bandolim (adquirido aqui em Évora!)

Centro de Grenoble

----------------------------------
Aqui em Portugal, as notícias indicam que as coisas estão realmente muito complicadas economicamente. A crise atingiu em cheio ao país que já há 10 anos não apresentava nenhum crescimento econômico (!). Atualmente a grande discussão é em torno do orçamento nacional, que prevê aumento de impostos e cortes em diversas áreas, prometendo uma baita recessão no próximo ano. Assistir ao jornal na televisão é como voltar no tempo no Brasil, já que durante 80% da minha vida eu só soube que o Brasil estava em crise e parecia que nunca mais iria sair. A situação não é nada boa.
Achei interessante notar que o "Show do Milhão" aqui em Portugal (da franquia Who Wants to be a Millionaire) dá como prêmio máximo apenas 100 mil euros...
Também vi na televisão esses dias que existem vários brasileiros pedindo ajuda financeira para voltar ao Brasil. Desiludidos com a nossa ex-metrópole, sem emprego e vendo as notícias promissoras da economia do nosso país, empregadas domésticas e pedreiros querem voltar à pátria amada... E por outro lado, Angola aparece agora para os portugueses como uma nova terra prometida, lugar onde podem ter carreiras e crias oportunidades que já há muito não conseguem aqui. Não deixa de ser um pouco irônico, e até estranho, pra mim, esta inversão que parece estar ocorrendo...

24.9.10

Estou em Évora, Portugal, há mais ou menos vinte dias agora. Já sinto aqui como uma nova casa, um novo lar, bem diferente de tudo o que já conheci até hoje.


É uma cidade pequena, com cerca de 50 mil habitantes, e dizem, pouco mais 12 mil no centro histórico cercado por muralhas. Quase todas as casas são brancas, com detalhes em amarelo, o que dá à cidade uma aparência agradável, harmônica, tranquila.




vista da cidade de Évora


Já foi lar de romanos (como quase todas as cidades importantes da Europa Ocidental), mouros e só depois de portugueses, que tiveram de cercá-la para protegê-la dos ataques espanhóis. É transbordante de história, cujas camadas estão à vista em todos os lados, e causa de orgulho para os moradores.


"Templo de Diana”, que agora acredita-se que era realmente dedicado a Júpiter



Nós no Templo de Diana



Lucas





Visão do outro lado do templo





Tem várias igrejas góticas, enormes, de pedra, e a pitoresca “Capela dos Ossos”, construída pelos monges franciscanos para nos lembramos da efemeridade da vida. “Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos” é a inscrição na entrada da capela, cujas paredes são sustentadas por fêmurs e crânios de anônimos.


Évora fica no Alentejo, uma região que ainda não sei dizer exatamente como se caracteriza, mas que tem a curiosa função de ser objeto de “piadas de português” entre os portugueses. Conheço pouco de Portugal, mas posso dizer que aqui a vegetação parece ser seca, rasteira, um estilo parecido com o Cerrado brasileiro, mas talvez eu esteja errada. Dizem que chove muito no inverno. Até agora vi uns poucos pingos d´água. O Alentejo é, no entanto, terra fértil, e conhecido por sua produção de azeitonas, uvas e cortiça (aqui se faz coisas inimagináveis com cortiça, além das óbvias rolhas).


O centro histórico é belíssimo, com vielas que têm os nomes mais lindos ou engraçados que eu já vi. Com certeza vou fazer uma coleção de fotos das placas de ruas. A Travessa do Bagulho, a Rua da Freira de Cima, o Beco do Homem Não Barbeado são umas das minhas preferidas...





Travessa do Bagulho



Ruas de Évora




O povo, pelo que pude sentir até agora, é muito gentil e pacato. A praça principal, Praça do Giraldo, está sempre cheia de velhinhos de suspensórios, que sentam-se nos bancos e conversam sobre sei lá o quê. As pessoas se cumprimentam na rua. O caixa do banco me telefona pra falar das questões bancárias, e bate papo comigo na rua quando me encontra, explicando porque me cobraram aquela taxa X e perguntando se eu já achei apartamento. Acho que é o estilo de vida normal de cidades pequenas, mas eu não saberia...





Eu e o Lucas na Praça do Giraldo






Igreja que fica na praça do Giraldo (não sei o nome!)




Arcadas mouras


Prédio de azulejos com arcadas embaixo





Outro lado da praça


Um aspecto interessante e que não combina muito com a minha visão de cidade pequena do interior é que aqui a vida cultural é muito intensa. Tem mostras, exibições, teatros, cinemas, e muitas vezes ocupando espaços gratuitos como a própria praça. Ou seja, não precisa ir até Lisboa pra buscar um pouco de cultura e arte.


Miss E@sy, um grupo musical-comediante que passou por aqui no festival de teatro




Outra coisa muito legal (quer dizer, muito “giro” em português de portugal) que tem aqui é uma enorme piscina municipal. Por apenas 3 euros pode-se passar o dia lá, sem precisar associar-se e sem nenhuma burocracia. É um lugar limpo e bonito, uma delícia no calorão que faz aqui! Outro oásis no meio do bafão evorense são os Jardins Públicos, bem do lado da minha casa, com internet wireless e uma curiosamente grande população de pavões.




Piscinas municipais


Nós depois de um belo banho




Os Jardins Públicos e um dos seus pavões





Ruínas nos Jardins Públicos



Além dos simpáticos moradores e de muitos turistas, em função da universidade a cidade é também cheia de jovens. Essa semana eles estão às voltas com os trotes, ou “praxes”, como chamam aqui, que são tão ou mais cruéis do que os nossos. Os veteranos têm direito a usar o traje tradicional da universidade, uma coisa meio estranha que consiste, para os homens, em um terno preto, com gravata e uma capa preta, e para as mulheres mais ou menos a mesma coisa, mas de saia preta e meia-calça (também de gravata). Essa capa é cheia de emblemas que eles costuram, e que devem ter lá o seu significado. Eu acho meio insalubre, no calor senegalês que faz aqui no verão, ver aqueles jovens encapotados à la Hogwarts, mas são coisas que o status deve compensar.





Ainda não sei muito bem como vou me adaptar à “pacatice” (como diz o Lucas) da cidade, se vai ser bom ou se logo vou estar entediada. Descobri que o meu mestrado vai ser composto só por 3 alunas (em Évora, os outros estão distribuídos em outros 3 países), e que vamos ter aulas só duas ou três vezes por semana. Espero que tenha bastante trabalho e estudo, porque parece não ter muito além disso pra fazer. O silêncio à noite é quase absoluto. Às 22h fecham os restaurantes.


Só sei que é uma vida que eu nunca vivi antes, o que pra mim, em qualquer caso, é algo positivo.




Essa é a visão da minha janela.. O quadro da paz...



Silhueta da Igreja de São Brás à direita



Uma das coisas que com certeza vou fazer é tirar mais fotos da cidade... Desde que cheguei aqui não incorporei o modo “exploradora”, só o modo “preciso achar um apartamento e organizar a minha vida”, então são outros olhos com que eu olhei a cidade.. E ela merece um olhar mais carinhoso, isso é certo.





O Lucas esteve aqui semana passada. Fazia quase três meses que não nos víamos, então pudemos matar bastante a saudade. Ele ficou um pouco mais de uma semana, e me ajudou em todo o processo de escolher apartamento (eu sou péssima com escolhas e fico muito ansiosa) e de organizar a casa nova. Fizemos uma bela faxina e compramos todos os apetrechos que faltavam para meu apartamento de 1 quarto. Tá tudo direitinho, só falta mandar ligar a luz, e para ligar a luz eu preciso do contrato. O contrato, por um desses jeitos portugueses de pensar que fazem a gente inventar piadas, só pode ser feito depois do dia 01. Então tenho que esperar o dia 01 para me mudar. Enquanto isso sigo alugando um quarto numa casa de 3 quartos, no qual sou ainda a unica inquilina e que, portanto, é quase como a minha própria casa. Uma das colegas de casa já chegou, é minha colega do mestrado, mas ela foi aproveitar o verão na praia e deve voltar em breve.


Depois de organizar a casa, eu e o Lucas fomos pra Grenoble, na França. Isso porque eu já tinha comprado desde abril o ingresso pra ver o show do Leonard Cohen, meu cantor preferido. A viagem foi muito boa e as fotos ficaram otimas, mas vou deixar esse post dedicado a Évora, e depois conto o resto.



Abraços pra todos, e não deixem de escrever!



Carol

12.9.10

ÉVORA

Vou ter que adiar ainda mais uns dias a minha volta a esse blog.. Não desistam de mim, eu garanto que tenho boas coisas pra contar dessa cidadezinha mágica que é Évora!
Já estou com um computador novo, mas ainda sem internet. Assim que eu me organizar minimamente volto a postar aqui.

Um abraço a todos!

carol

22.7.10

Foz do Iguaçu, 21 de julho de 2010

A Roma imperdível



Muitas pessoas me pediram pra elaborar um roteiro pra conhecer Roma, com algumas dicas de quem ficou lá um certo tempo. Resolvi então tentar fazer uma espécie de "ranking" daquilo que eu achei mais interessante na cidade, procurando sair um pouco do lugar comum. Vamos ao top top...

#1) PALATINO E FÓRUM: me surpreendo com a quantidade de gente que vai a Roma, visita o Coliseu, paga 12 euros e vai embora. Muitos não se dão conta de que o ingresso que eles pagaram é válido pra visitar três lugares: o Coliseu, o Palatino e o Fórum Romano. Mesmo que a sanguinolenta arena seja talvez o lugar mais famoso de Roma, é muito menos interessante de conhecer do que as outras duas atrações vizinhas. É só atravessar a rua, minha gente, pra ver os dois lugares mais legais e incríveis de Roma.  Reservem um dia inteiro, por favor, porque são lugares pra explorar com calma, curtir, fazer piquenique e tirar muitas fotos! - veja o post

#2) MUSEUS CAPITOLINOS: além de ficar no Campidoglio, uma das praças de arquitetura mais interessante que eu já vi, são os melhores museus pra quem quer conhecer a história romana. Além da famosa loba capitolina, o símbolo de Roma, ali estão grande parte das relíquias arqueológicas do império romano. É muito menos lotado que o museu do Vaticano (praticamente invisitável), e tão interessante quanto. Totalmente recomendo. Não se mixe pelo preço, meio salgado, e, novamente, vá com tempo! - veja o post

#3) UN OSPITE A ROMA: é um pequeno encarte gratuito que traz a programação cultural da cidade. Eu não fazia nada sem ele. Os exemplares são distribuídos em diversos lugares, talvez os mais fáceis de ir sejam os centros de informações turísticas. Ali você descobre todas as exposições, shows e eventos culturais na cidade. Sempre tem coisa legal acontecendo em Roma, e é muito triste ir embora da cidade e saber que perdeu uma exposição do Caravaggio ou do Monet, não é? Ah, eles têm site também...

#4) SAN LORENZO: quer conhecer a noite forte em Roma? Pegue o ônibus 492 ou 71 e vá pra San Lorenzo. Ali, em um raio de umas 10 quadras (próximo à via Tiburtina), estão concentrados os melhores bares, restaurantes, shows, associações culturais, botecos, e até algumas lojinhas descoladas. É um lugar pra explorar mesmo e ir descobrindo. Não se acanhe de entrar descaradamente nos lugares e ver o que está rolando. Se quiser ir pro epicentro do furdunço, vá até a Piazza dell'Immacolata

#5) VIA APPIA ANTICA: por ser um pouco off-road, muita gente acaba não conseguindo encaixar a Via Appia no roteiro espremido pra ver Roma em 3 dias. Mas é um belo passeio pra quem puder ficar mais tempo na cidade. Sugiro começar pelo fim, na altura da Tumba de Cecilia Metella, e ir subindo a pé a Via Appia, visitando as várias catacumbas (eu só fui pra Catacumba de São Sebastião, achei muito interessante) e admirando todas as surpresas no caminho. Além de ser muito bonito, é um lugar que tem um peso histórico absurdo. Se tiver tempo e fôlego, no finalzinho do passeio entre à direita no Parco della Caffarela, faça um passeio pelo lugar e depois saia pelo outro lado, já pertinho do metrô Coli Albani! - veja o post

#6) VILLA BORGHESE: o que dizer de um parque que tem formato de coração? São 80 hectares de verde bem no centro de Roma. Pra uma cidade que não tem muitas árvores, é um oásis. Ali dentro a gente encontra tesouros como os jardins do Pincio (melhor pôr-do-sol de Roma!), a Galleria Borghese (museu maravilhoso de arte renascentista), um jardim zoológico, um laguinho, uns cafés, além de internet wireless gŕatis em muitos pontos. Pra mim, era o paraíso.

#7) CENTRO À NOITE: muito charmoso ficar pelas ruelas de Roma à noite. Curtir os bares ou até a própria rua nos arredores da Piazza Navona, Campo dei Fiori, Piazza Spagna... Não precisa se preocupar muito, é mais seguro do que estar em um shopping no Brasil.

#8) MAXXI: pra quem acha que Roma é só velharia, recomendo ir até o Maxxi. O novíssimo museu de arte contemporânea é um deslumbre de arquitetura e design, um sopro de ar fresco na cidade milenar. O acervo é muito bom, e deve ir ficando melhor com o passar do tempo. Pra chegar lá, pegue o tram 2. - site

#9) GALLERIA NAZIONALE DE ARTE MODERNA: tenho a impressão que ninguém vai nesse museu. De tanta coisa que tem pra fazer em Roma, dá até pra tentar entender que um museu que tem obras de Klimt, Cézanne, Monet, Van Gogh, De Chirico, Modigliani fique esquecido. Ele tem um acervo imenso, com obras que vão do século XIX até o XXI. Eu e o Lucas ficamos particularmente impressionados com as esculturas. Depois de ver tanta escultura clássica em mármore, as esculturas modernas em bronze eram estonteantemente diferentes e inovadoras. Vale muito a pena pra quem se interessa por arte e quer fugir dos lugares batidos e superlotados de turistas. - site

#10) CAFÉ GIOLITTI: essa talvez não seja uma dica tão inovadora... Muita gente conhece o Café Giolitti, e ele consta geralmente nos guias turísticos. Mas eu não posso enfatizar suficientemente o quanto é bom o sorvete deles! Eu comi uns cinco, no mínimo, do tamanho grande, e ainda foi pouco. Troque tudo por um sorvete Giolitti. Pode confiar.

#11) MUSEO DELLA EMIGRAZIONE ITALIANA: além de ser de graça, é um museu muito bem organizado e interessante, especialmente para os brasileiros que têm raízes italianas. Fica embaixo do monumento a Vittorio Emanuelle, aquele negocio enorme de mármore branco que não tem como não ver.

#12) GIANICOLO: é uma colina muito bonita que fica perto da região de Trastevere. De lá, se tem uma bela vista de toda a cidade. Vale a pena ir a pé, a partir do Trastevere, porque o caminho é cheio de flores, fontes (Fontana dell'Aqua Paola - foto no começo), igrejas, praças... Lá no alto está a praça Giuseppe Garibaldi, com uma bela estátua do líder italiano que veio pro Brasil ajudar em um par de revoluções, e a praça Anita Garibaldi, uma das brasileiras mais guerreiras da história. E dá pra aproveitar também o caminho pra ir no Jardim Botânico de Roma, que fica no pé do Gianicolo.

Além destes lugares mais subestimados ou desconhecidos, claro que continua valendo muito a pena visitar o Vittoriano, a Piazza Navona, o mercado do Campo dei Fiori, a Fontana di Trevi, o Panteon, a Piazza Barberini, o Museu do Vaticano,  o Castel Sant'Angelo, a Basílica de San Pietro, o Trastevere, a Via del Corso, a Piazza del Popolo, as quinze mil e quatrocentas igrejas.. Isso é feijão-com-arroz.. Ou melhor, spaghetti ao sugo. E é uma delícia! Mas pode apostar que esticar a visita em Roma e ir descobrindo o lado B da cidade também pode ser uma experiência inesquecível...


Bom, e pra não dizer que não falei do que não são flores, vou fazer também uma lista das maiores ROUBADAS. Claro que esta é a minha opinião, e tem gente que pode adorar estes lugares... Como disse um grande sábio: "cada um, cada um". 

#1) TERMAS DE CARACALLA: sinceramente, achei um saco. Não tem nada pra ver lá, além de umas paredes de dois mil anos (o que, convenhamos, tem por todo lugar em Roma). Tem poucas explicações e é mal organizado. Para quem ainda assim quiser conhecê-las, sugiro procurar a programação cultural e ver se alguma das óperas que são montadas lá estão em cartaz.Daí acho que muda completamente de figura.

#2) ÔNIBUS VERMELHO: pode ser bom pra quem tem pouquíssimo tempo e quer ver tudo na corrida. Mas se este não for o teu caso, não pegue o ônibus vermelho, o famoso "hop on, hop off". Ele custa caro e vai a lugares em que é muito fácil ir com o ônibus regular. Além disso, tu se isola completamente do dia-a-dia da cidade perde as grandes alegrias e tristezas de estar em Roma. As alegrias: os ônibus são baratos (1 euro), tem uns passes muito bons (4 euros por dia pra pegar quantos ônibus e metrôs quiser), e você sempre bate um papo com um italiano se estiver a fim. As tristezas: dependendo do horários, os ônibus são lotados e podem demorar. Mas, por favor! Isso é Roma!


#3) TOURS: ok, ok, tem gente que adora ficar seguindo uma bandeirinha de guia e andar em hordas. Eu, pessoalmente, sempre olho para a cara dos turistas nas excursões e acho que eles parecem aborrecidos e entediados. É a mesma coisa do ônibus vermelho: pode ser bom pra quem quer aproveitar o tempo e ver tudo o mais rápido e eficientemente possível, mas em uma tour não dá pra curtir uma cidade, seu ritmo e seus imprevistos. Não dá pra achar, sem querer, aquela lojinha fofa ou aquele restaurantezinho ótimo. Talvez seja uma questão filosófica, antes de tudo.

#4) PALAZZO VENEZIA: deprimente. O museu está pelado, não tem quase nenhuma obra. Não vá.

#5) TESTACCIO: outro "point" da noite, é o completo oposto de San Lorenzo. Tudo o que San Lorenzo tem de autêntico, Testaccio tem de fake. Lá é produção, technera, anabolizantes e silicone. Tem quem goste.

É isso! Até a próxima!

Carol

28.6.10

Porto Alegre, 26 de junho de 2010.
De volta ao Brasil
Por um tempo vou deixar de postar neste blog. Não é que eu esteja muito ocupada para escrever (se bem que a Copa do Mundo tem tomado um bocado do meu tempo)... Mas acho que falar das belezas de Porto Alegre debaixo de 4 dias de chuva não é um assunto assim tão interessante.
Voltei para fazer o visto de estudante para ir a Portugal em setembro, e estou aproveitando para rever a família e os amigos. Eu e o Lucas agora somos um casal separado por um oceano e unido pelo skype. Mas, felizmente, em breve seremos um casal separado apenas pela Espanha e a França e unido pela EasyJet.
Deixo, no entanto, uma última delícia para os que têm acompanhado o blog e atiçado a vontade de viajar... No nosso último final de semana juntos, antes de eu voltar ao Brasil, fizemos uma viagenzinha “básica” pra Costa Amalfitana, distante só 3 horas de Roma. Escolhemos conhecer a ilha de Ischia, uma belezura, de mar transparente e vistas incríveis. Nem vou falar que a comida era ótima porque  já está virando um clichê (mas era realmente ótima). E Ischia é muito mais econômica do que as cidades vizinhas – digamos, Capri, a ilha dos ricos e famosos. Totalmente acessível e vale muito a pena conhecer.
Deixo algumas fotos e um abraço. Nos vemos em Portugal.
Carolina.
No barco pra Ischia
Sacada do nosso hotel - Poggio del Sole (mto bom!)

O sol baixando...

Nuvens

Pôr do sol no Mediterrâneo

Jantando no restaurante do Hotel


Praia de Sorgento - com águas termais dentro do mar!
Praia de Sorgento

Água a 90ºC!
No barco (taxi boat) de Sorgento para Sant´Angelo

Veleiros

Beleza

Tava bom né Lucas?


Praia de Sant´Angelo

Sant´Angelo

Sant´Angelo

Cisne relaxando

Lucas "Hermeto Paschoal" Nicolao - tira som de tudo

 Iates dos ricaços

Vista inacreditável!

Castelo Aragonese - praia de Ischia Porto

No alto do Castelo Aragonese - Lucas interage com uma gaivota

Absurdo!!!! - vista do Castelo

Vejam o que é o mar...

transparente...

Eu fiquei chocada


Dentro do Castelo
Gato camuflado

É isso! tchau!