29.4.10

Paris.. finalmente! 



Hoje viajo pra Paris, vai ser minha primeira visita ao país que deu ao mundo Marcel Proust, boinas e iguarias feitas com gordura de pato.

Um dos meus maiores sonhos sempre foi conhecer a França, motivo pelo qual estudei francês por 2 anos mesmo não tendo na época a menor perspectiva de utilidade para essa língua. Agora finalmente vou poder falar francês com alguém. Acho que vou conversar até com os garis! (que por sinal devem ser muito instruídos em Paris).

O Lucas viaja pra lá na sexta, então teremos um romântico final de semana em Paris. Legal também que vai ser no mesmo final de semana do casamento do meu irmão, então vamos comemorar o amor em todos os sentidos possíveis!

Outra notícia boa: conseguimos um novo lugar para ficar. Depois eu conto melhor toda a saga da procura imobiliária que não deixa de ter alguns episódios divertidos... Mas o fato é que terça-feira é provável que o Lucas já faça a mudança pra nossa nova casa, que vamos compartilhar com uma senhora de idade avançada... Eu ainda vou estar em Paris, mas ele prefere fazer a mudança antes, com a ajuda de uns bravos ragazzos da física..

Então, semana que vem volto com um "sacco" de novidades.

Bjs!

22.4.10

Roma, 22 de abril de 2010, quinta-feira



Via Appia Antica

Dando seguimento ao plano de explorar Roma, fui ontem conhecer a Via Appia Antica. Eu tinha ido lá há umas semanas com a Tati, mas fomos de carro e nao conseguimos ficar muito tempo porque levamos muitas horas nos perdendo pela cidade...

Ontem fui de ônibus, bem rápido e prático.

A Via Appia Antica era simplesmente a principal rua da Roma Antiga. Por ali, passavam as legiões de soldados e mercadores em direção ao Mediterrâneo.

Ali também, supostamente, ocorreu a estória que ficou famosa como "Quo Vadis?"

Diz a estória que (São) Pedro passava por ali, depois de ter sido convencido pelos seus amigos a fugir de Roma e evitar o martírio. No caminho, ele teria visto Jesus, que já tinha sido crucificado, morto, ressuscitado e tudo mais. Ele teria então perguntado a Jesus: "Quo Vadis?", ou seja "Onde vais?". E Jesus respondeu: "Vou a Roma onde serei novamente crucificado". E depois ele subiu aos céus. (São) Pedro então entendeu que deveria retornar a Roma e enfrentar o seu destino, e lá foi morto.
A pedra onde teriam ficado marcados os pés de Jesus está na Igreja de San Sebastiano, a qual eu visitei. Claro que existem muitas dúvidas se realmente se tratam dos pés de JC, mas isso não deve importar a quem vai até ali.

A minha dúvida: se eu encontrasse o meu mestre que retornou do mundo dos mortos, será que eu não pensaria em uma pergunta melhor para fazer?

Elocubrações religioso-filosóficas à parte, a Via Appia é um lugar realmente especial. Ém torno da rua estão muros milenares, tumbas, catacumbas, casas antiquíssimas, ruínas, jardins, e casas de muita gente muito rica que mora ali. Aliás, segundo me informaram, esse é o único motivo pelo qual ainda é permitido o tráfego (intenso) de carros - os poderosos moradores não permitiram que se fechasse a rua.

Eu sinceramente acho um absurdo. É um lugar de interesse histórico enorme mas que é quase impossível de visitar porque simplesmente há risco de morte. Não tem calçada para os pedestres, o espaço para caminhar é minúsculo, e os carros passam a velocidades italianas (mais de 80km/h).

Claro que isso não me impediu de apreciar o lugar. Visitei a tumba de Cecília Mettela, que era um túmulo de uma família rica da Roma Antiga. É bonito, mas nada de mais.

tumba de Cecilia Metella
tumba de Cecilia Metella

O que vale mesmo a pena é caminhar pela Via. Tirei várias fotos do lugar, embora ainda fosse no meio da tarde e a luz ainda muito forte, dá pra ter uma idéia do que é.
juro que não "plantei" essa pinha, ela já estava ali compondo a cena...

Vejam o tamanho da "calçada"

Andar em Roma é assim: a gente vê ruínas e não sabe nem do que se trata

Uma casa..
Um portão...

Um banco...

Eu na frente de uma ex-guarita,
onde os soldados romanos controlavam quem passava pela Via Appia

Depois fui visitar as Catacumbas de São Sebastião. Valeu totalmente a pena os 8€ do ingresso.

Ali embaixo existem 12km de túneis subterrâneos onde está o maior cemitério da Roma Antiga. Embora sejam chamados de cemitérios cristãos, nas catacumbas eram enterrados cristãos, judeus e pagãos (os pagãos ricos, porque os pobres tinham o costume de cremar seus mortos), em espécies de gavetas nas paredes, bem parecido com o que fazemos hoje... Inclusive São Sebastião está enterrado ali, em um dos únicos espaços que foram alterados posteriormente (fizeram uma espécie de capela no lugar onde ele foi enterrado).

Os cemitérios eram construídos sob a terra porque em Roma era proibido fazer cemitérios em função da falta de espaço. A alternativa subterrânea era muito boa porque a pedra que está embaixo da cidade é uma pedra vulcânica muito macia e fácil de escavar.

É uma sensação muito louca entrar em um cemitério subterrâneo. A umidade, a escuridão... E toda aquela História, aquelas histórias, ali, empilhadas...

Achei muito interessante que, segundo o guia, foi ali que nasceu a palavra "catacumba". A palavra tem origem grega e significa "sob a caverna". Isso porque existia uma caverna ao lado do cemitério, embaixo da qual foram construídos 3 mausoléus de famílias ricas de Roma. Estes estão conservados até hoje, desde o século I, com todos os tijolos e afrescos originais. E depois, o termo "catacumba" foi estendido ao cemitério subterrâneo, e, mais tarde, a todos os cemitérios do gênero. Até chegar nas Catacumbas do CEUE foi uma longe história...

Não tirei fotos porque não era permitido, mas o google encontrou estas.

Cemitério subterrâneo - foto da internet
Mausoléu sob a catacumba - foto da internet

E como não poderia deixar de ser, tudo isso foi soterrado muitos anos depois e construíram em cima uma Igreja. Um hábito recorrente da Igreja Católica, ao que me consta. Em Cusco (Peru) eles também gostavam de construir igrejas em cima dos templos incas.

A Igreja que está em cima é a Igreja de São Sebastião (por motivos óbvios). Foi construída pela família Farnese - quem está lendo o blog já sabe quem eles são. Ali está a tal pedra que eu falei antes (Quo Vadis), e a última escultura de Bernini, o "Cristo".

Agradecimentos à menina que estava ali compondo a foto.

Depois ainda tive fôlego pra caminhar mais uns trocentos quilômetros no Parco della Caffarella, um parque despretensioso mas muito bonitinho. Realmente preciso confessar que estou me divertindo muito em tirar fotos, ainda mais com as duas câmeras (analógica e digital), me sinto uma fotógrafa profissional... :-)


Tirei a foto PB e colorida, mas não consigo decidir qual é mais bonita



Parco della Caffarella



Parco della Caffarella


Parco della Caffarella - outra ruína não identificada
Parco della Caffarella - ciclistas

Parco della Caffarella - ovelhas (!)


Parco della Caffarella - cachorros não lêem avisos
  
É isso por hoje. Aos que querem notícias nossas, estamos bem, com saúde e alegria. O Lucas manda saudações.
Hoje vamos ver um show grátis no Circo Mássimo, organizado pela National Geographic em homenagem ao dia da Terra (Earth Day).
Salvem o planeta. Vejam que ele é realmente muito lindo... :-)

19.4.10

Roma, 19 de abril de 2010, segunda-feira.

O vulcão da Islândia fez uma nova vítima: eu.

Amanhã era o dia que eu ia conhecer Paris, e agora sabe-se lá quando vou conseguir... Meu vôo foi cancelado e nem consegui remarcar pra outro dia, porque eu já tinha feito check-in online (ansiosa...) e por causa disso eu só poderia remarcar ligando pro call center da Ryan Air. E adivinhem? O call center está sempre ocupado.
Então, pra não me dar mal, pedi mesmo o reembolso, que daqui a um mês deve entrar na conta.
Great.
Como disse o Lucas, esse "peido da Terra" está causando muito stress por aqui.
Eu nem posso reclamar muito, pelo menos estou em casa e não trancada em um aeroporto sem conseguir sair... Alguns aeroportos estão instalando macas para as pessoas dormirem, porque elas não têm visto e não podem desembarcar do aeroporto. Imagina só que horror?

Vamos lá, tenho que usar minha criatividade pra achar mais lugares pra conhecer em Roma..

16.4.10

Roma, 16 de abril de 2010, sexta-feira.

Fiquei preguiçosa e agora o blog está bem defasado. Ainda nem falei nada da viagem a Firenze, que vale a pena colocar aqui nem que seja só pelas fotos. No meio tempo, já se passaram muitas coisas que eu poderia ter contado.
De qualquer forma, esse blog não pretende mesmo ser um retrato da realidade, nem acompanhá-la na sua velocidade. Na verdade nem sei o que ele pretende.

Hoje é aniversário do Lucas! Não esqueçam de mandar os parabéns pra ele! :-) Ontem já fizemos uma pré-comemoração depois da meia-noite, com bolo, velinhas e presentes! Hoje acho que devemos sair pra jantar fora ou algo assim, só nós mesmo. O irmão dele viria pra cá de Londres, mas graças a um azar geológico, um vulcão entrou em erupção e os vôos foram cancelados. Pretendemos ir pra Londres em maio, de qualquer forma, para vê-los, e também para eu finalmente conhecer essa cidade!

Outra notícia boa é que semana que vem eu vou pra Paris! (isso se o vulcão resolver dar um tempo). Já comprei as passagens, vou pra lá dia 20, ficar uma semana... Uau, nem acredito! Quem tiver dicas pra me dar da cidade, por favor fique à vontade. A Helena já me mandou várias muito valiosas!

Eu queria aproveitar pra ir pra Provence, mas acho que no final não vai dar. Tinha conseguido uma passagem barata de trem mas o site da empresa ferroviária francesa não aceitou nenhum cartão de crédito que eu tentei usar. Fiquei bem chateada porque depois que eu li "Um Ano na Provence" que eu peguei emprestado dos pais do Lucas e li com 20 anos de atraso, passei pela mesma febre que milhares de pessoas ficaram na época do sucesso do livro. Eu quero conhecer a Provence! Mas vamos ver, talvez dê, talvez não...

Aí algumas fotos de Firenze (Florença), pra terminar o post de hoje. Sobre a cidade, o que posso dizer? É uma cidade que transpira arte, no passado e no presente. Tem estudantes de arte e artistas por toda parte, pintores, músicos...  É um museu a céu aberto, pode-se dizer, pra usar um clichê. A Ponte Vecchia, no entardecer, é uma visão absurdamente linda.

A famosa Ponte Vecchio



Acompanhando as mudanças de luz  - visão da Ponte Vecchio #1


visão da Ponte Vecchio #2

visão da Ponte Vecchio #3

Eu na Ponte Vecchio
 Um músico de rua muito bom, improvisando músicas ao entardecer...
(a foto ficou meio borrada, mas o importante é o momento)

Em Firenze, fui no Museu Uffizi, que é provavelmente um dos mais importantes do mundo. Lá eu vi vários Boticcelis (O Nascimento da Vênus, Primavera, e a inevitável Madonna com Bambino) que realmente são muito lindos mesmo. Eu diria que ele conseguiu pintar as pessoas mais bonitas do mundo. É uma arte da perfeição, é a isso que se propõe.

Aliás, eu cheguei à conclusão agora que, depois de ir a incontáveis museus em Roma, Nápolis, Siena e Firenze, eu não posso ver mais nenhum quadro religioso. Seu eu ver mais uma "Madonna com Bambino" eu me mato.. É sério! Fico pensando como um tema pode ser tão repetitivo na história da arte. Além de centenas de Madonnas com Bambino, vi uns 10 milhões de quadros e esculturas da "Crucificação", "Anunciação", "Pietá", "Juízo Final", "Expulsão de Adão e Eva", entre outros. Alguns são realmente muito bonitos, outros mostram a mesma cena de um modo diferente, interessante, mas convenhamos que não tem necessidade de ficar repetindo a mesma cena ad infinitum.
 Madonna con Bambino (foto da web)

Os católicos não se ofendam, mas me parece que muito mais do que um verdadeiro sentimento religioso, esses quadros exprimem o poder da Igreja Católica durante todos estes séculos, e que aqui em Roma especialmente ainda é muito forte. Nós estamos obviamente muito atravessados pela questão religiosa, ainda mais morando aqui com as freiras, vocês podem ter noção disso.

Eu fui no Vaticano essa semana ver o museu, e infelizmente depois dessa overdose de Madonna con Bambino eu fiquei até entediada no meio daquela exuberância de arte religiosa, e com um pouco de raiva também por toda a riqueza que a Igreja acumulou nesses tempos roubando dos outros. Na Capela Sistina, achei realmente muito bonito o enorme "Juízo Final" de Michelangelo, mas se tu pára pra pensar, o que significa toda aquela cena terrorífica, dos pecadores indo pro inferno, em pleno período de Contra-Reforma? Dá até pra imaginar a cena do papa pedindo ao Michelangelo que fizesse algo bem assustador pra Igreja não perder mais nenhum "fiel".

 O Juízo Final, de Michelangelo, no Museu do Vaticano (foto da web)

Bom, voltando a Firenze... Tive a sorte de pegar uma exposição muito boa de arte moderna e contemporânea, que de um lado tinha De Chirico, Max Ernst, Magritte, Balthus, e de outro lado Gerard Richter e uns outros caras contemporâneos que eu não conhecia. Isso no Palazzo Strozzi. Foi uma delícia ver arte moderna e contemporânea, um contraponto um pouco mais subversivo ao Renascimento e Arte Medieval.

Firenze também é a-tro-lha-da de turistas, mal dá pra acreditar. Acho que é pior que Roma, porque a cidade é menor e todos os pontos turísticos ficam concentrados em um pequeno pedaço da cidade. Tive que dar umas fugidas do centro histórico pra conseguir respirar um pouco. Eu não sei como as pessoas conseguem viajar em excursão, em grupos de 50, 100 pessoas. Nessas horas eu me sentia muito privilegiada de poder estar viajando sozinha e fazendo o que eu quisesse.

Pra finalizar, só posso dizer que a cidade é linda demais. Um lugar que vale muito a pena ir é a Piazza Michelangelo, que fica no alto da cidade, e de onde se vê toda Firenze. Ainda tive a sorte de pegar um show muito bom de um americano cantando e tocando guitarra (Chris Wyatt Scott) nesse cenário lindo.

Vista de Firenze - piazza Michelangelo


Vista de Firenze - piazza Michelangelo

Vista de Firenze - piazza Michelangelo (tulipas)

Piazza Michelangelo

Taí o motivo do nome da praça



Vista de Firenze

Vista de Firenze

Vista de Firenze

Esse é o show que eu falei... À esquerda o cara tocando, na escadaria o público delirando.. Show bom, de graça, em um lugar lindo!

8.4.10

Roma, 08 de abril de 2010, quinta-feira

Sob o sol (e a chuva) da Toscana

Sábado de Aleluia, pegamos nossa malas e um trem para a Toscana.


Paisagem da Toscana - janela do trem

Paisagem da Toscana - janela do trem


Ouvindo um som no trem pinga pinga Regionale


Chegamos em Siena ainda de manhã, e fomos ao nosso "arremedo" de hotel, que tinhamos reservado com muita dificuldade. Foi uma batalha pra conseguir um quarto em Siena no feriado. A cidade estava entupida de turistas. Alugamos um quarto num "affitacamere" bonitinho e com cheiro de consultório de dentista - Soggiorno Iris. O chuveiro não era muito bom, mas o resto tava ok, com a vantagem de ficar perto do centro e não ser muito caro.
(aliás, uma dica: se alguém for pra Siena, sugiro ficar no Il Casato, que foi indicado por uma brasileira que eu conheci aqui e parece ser um hotel incrível mesmo).

Fomos conhecer Siena e mal podíamos acreditar nos nossos olhos. A cidade é muito adorável! Em todo o lugar que a gente olha tem alguma coisa linda, estávamos em êxtase.
Ruazinha fofa

Toda a cidade é assim

Ficamos andando até perder noção da hora, mas a fome nos avisou que eram 3 da tarde. Fomos almoçar numa osteria, uma das únicas ainda abertas, uma comida simples mas muito boa. Depois de uma lasagna, uma bisteca de porco e meio litro de vinho, e saímos de lá praticamente flutuando, encharcados de felicidade.

Almoçando na osteria que não lembramos o nome



Deitamos na Piazza Del Campo, uma praça enorme, linda pra todos os lados, com a barriga cheia e a cabeça meio leve, sob o sol da Toscana, e ficamos só pensando que sorte a nossa de poder estar aqui.

Piazza del Campo - Siena

Piazza del Campo lotada de turistas em busca de um lugar ao sol

Tirando foto e com preguiça

Felizes

Passeamos por toda a cidade, vimos o Duomo, a bela, impressionante e listrada catedral de Siena. Tomamos sorvete e jantamos pão com salame toscano e queijo pecorino.

Duomo de Siena

Na escadaria do Duomo

Duomo de Siena

Duomo de Siena - detalhe

Em frente ao Duomo

No outro dia em Siena, Domingo de Páscoa e... chuva. Uma chuva incomodativa, mas nem um pouco opressora como os torós brasileiros. Era frio, mas ajeitamos toda uma parafernália à prova d'água e passeamos o dia todo na chuva bem felizes.

Lucas à prova d'água

Tivemos um singelo encontro com dois cisnes que foi o ponto alto da viagem (é sério!).

Cisne senense
Penas e chuva

Cisne
Almoçamos em uma osteria incrível, indicada pelo Mário, amigo napolitano do Lucas. Chama-se Osteria della Chiacchiera, onde comemos uma ribollita (prato típico de Siena, é um cozido de verduras, feijão e pão, apimentado e muito bom) e uma tegamata di maiale (que é uma carne de porco de panela com molho de tomate, deliciosa). Tivemos uma sorte incrível porque fomos almoçar cedo (meio-dia) e fomos os únicos a conseguir um lugar sem reserva. Era almoço de Páscoa, e as famílias de Siena todas já tinham se adiantado aos turistas e reservado os melhores lugares.

Fomos ao Museu Civico, no Palazzo Publico, mas não pudemos subir na Torre del Mangia - quando chove, ela fica fechada para visitas.

E à noite, uma surpresa: a piazza del Campo, na chuva, era ainda mais bonita.


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A segunda-feira aqui é chamada de Pasquetta, e é o dia do feriado de Páscoa (diferente do Brasil, que é na Sexta-feira Santa). Pegamos um ônibus para San Gimigniano, uma cidadezinha próxima de Siena. Lá, as mesmas ruas lindas. Aos poucos a chuva foi dando uma trégua e o sol voltou com força.

Subimos a "Torre Grossa", de onde se vê toda a cidade e a campagna. Aliás, estamos adotando como hábito viajante sempre procurar o ponto mais alto de todos os lugares onde vamos.

Almoçamos no incrível Chiribiri, altamente recomendado por um colega do Lucas. Adotamos a mesma tática de chegar cedo, e novamente fomos os únicos a almoçar sem reserva.
Comemos uma lasagnette de Chingiale, que é tipo um talharim feito de massa de lasanha cortada fina (delicioso!!) com molho de javali (incrível!!) e depois um Coniglio ripieno (coelho recheado absurdamente delicioso, e não era mais maldade comer coelho porque a Páscoa já tinha passado)... O preço? Nada de mais... 20 euros por pessoa, incluindo vinho e tudo mais... Vale totalmente a pena. Aliás, esse é o preço médio aqui na Itália por uma refeição excelente com 2 pratos e vinho. Acho que pagar mais do que isso é exagero e inútil.

Nesse ponto da comida e da bebida nós já somos praticamente italianos, porque adquirimos uma verdadeira adoração pela comida daqui, quando é autêntica e caprichada. A comida rápida e adaptada pra gosto de turista não tem a menor graça. Aprendi a fugir dos menus em inglês.

Trattoria Chiribiri - San Gimigniano


Aqui o javali e produtos típicos da Toscana - vinhos Chianti e Brunello de Montalcino,
salame, salame de javali, queijo pecorino (de ovelha)

Depois, passeamos pelas lindas ruazinhas, vimos o Museu Cívico, vale muito a pena.
O Lucas voltou pra Roma e eu fui pra... Florença!!
Mas essa história deixo pra contar depois.

Janelas, portas e flores - San Gimigniano